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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tudo de novo!!?


O verão já chegou há alguns meses, mas só agora pude desfrutar da época mais agitada, vibrante e bonita da minha querida cidade. Ontem, 26 de dezembro, resolvi seguir a tradição e conferir mais um ensaio do Harém, esse que é com certeza um dos melhores ensaios do verão soteropolitano. O por que de toda essa fama? Porque ele a festa do verão que consegue reunir mais gente bonita por metro quadrado, por ter um preço relativamente acessível, fácil localização, amplo estacionamento, relativa infra-estrutura e por ter um público não tão juvenil. Super indico para quem quer curtir um final de tarde dominical, reencontrar amigos "das antigas", já que o anfitrião da festa ficou famoso por relembrar esse axé que fez a cabeça de tantos foliões nos idos dos anos 90.

No entanto, a cada ano que passa percebo que nada mudou, tudo continua igual (ou será que eu é quem continuo a mesma?). E é engraçado perceber que a cada ano, a cada Harém de natal me sinto num
 "deja vú", só que a cada festa percebo que apesar de ter feito parte desse contexto, não estou mais inserida ali. Já tiveram a mesma sensação?

Vou na maior empolgação, curto os primeiros minutos de festa com toda alegria e disposição e depois de algum tempo percebo que definitivamente este será meu último ensaio, que não tenho mais a cara de tudo aquilo ali, sinto um saudosismo, falta dos antigos amigos que hoje são homens e mulheres chefes de família e como foi bom e que nunca será melhor... Vixe!?
O que ocorre é que chego na festa e o retrato é o mesmo. Os mais jovens na porta, talvez já para sondar quem vai entrar, talvez para dar pinta já que não vão entrar mesmo, pois o dinheiro da mesada não comporta tal extravagância (quem não passou por isso, lembre-se da porta do Guetho no Candeal, que era mais divertido ficar do lado de fora do que lá dentro junto do calor timbaleiro).

No ensaio do Harém,os espaços já estão demarcados e é interessante visualizar essa sistemática. Do lado esquerdo de quem entra, embaixo do quiosque, estão as "celebridades", o "metiêzinho" de Salvador, aquela galerinha de sempre. Ao fundo contornando todo o entorno da festa e no meião estão os turistas enlouquecidos com toda aquela vibração, perto dos bares os soteropolitanos de olho nas suas paquerinhas soteropolitanas e na frente do palco precisamente do mesmo lado das celebridades estão localizados os donos dos estabelecimentos do ramo do entretenimento soteripolitano distribuindo simpatia, e por fim, os solteiros e solteiras cobiçados rodando por todos esses setores. E no meio de tudo isso, euzinha aqui, saudosista e conversando comigo mesma a todo o momento o que estou mesmo fazendo ali. Já não me encaixo mais em nenhuma categoria, visualizando tudo aquilo... risos.

Mas de qualquer forma, o verão de Salvador é lindo, as festas agitadíssimas que valem a pena conferir (muito de vez em quando, é claro), mas percebo que com o passar dos anos, as prioridades são outras e "tudo está como antes, no quartel de Abrantes".... Ah! Meus meus 20 anos...

Um beijo e até a próxima,
Jamile Calheiros

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